sábado, 19 de janeiro de 2013

25º dia - Araguari / Brasília

Tomamos um café da manhã reforçado e partimos para o último trecho da viagem... Até Catalão/GO a estrada é muito movimentada, com tráfego intenso de caminhões.  Depois a quantidade de veículos diminui e se trafega tranquilamente até a capital do país...

Faltando pouco para chegar em Brasília (Luziânia/GO) a chuva começou e nos acompanhou até a chegada ao Plano Piloto.

Nossos amigos Ítalo e Lúcia nos recepcionaram na entrada da cidade e nos acompanharam até à casa do Alexandre, onde um excelente almoço nos aguardava.  Graças a Deus chegamos bem e sem problemas!

Gostaria de agradecer a todos que nos apoiaram e nos incentivaram neste grande projeto, à minha esposa pela paciência e companheirismo e à todos os amigos que partilharam dos bons e maus momentos...

Gostaria de agradecer em especial o casal Alexandre e Ivonete pelo companheirismo e amizade demonstrados nestes 25 dias de convivência.  Vocês foram a grata surpresa desta viagem!

Agradeço de coração a todos e que possamos nos encontrar na próxima viagem...

Agora é desmanchar a bagagem, revelar as fotos e começar a planejar a próxima viagem!

Distância do dia: 398 km
Odômetro: 10.088 km

Gastos:

Combustível R$ 62,00
Lanche R$ 9,00

Total R$ 71,00

Total Geral R$ 7384,00


Média de gasto diário: R$ 295,00






sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

24º dia - Osvaldo Cruz / Araguari

Como o trecho era relativamente curto não tivemos pressa em sair.  Passamos em Parapuã para fazer uma visita rápida à avó da Denise e continuamos a viagem.  Depois de rodar pouco mais de 60 km nos deparamos com um bloqueio do DNIT e descobrimos que teríamos que fazer um desvio até Birigui para depois voltar para o roteiro programado.  Pelo menos não acrescentou muito quilometragem... O ruim foi só pagar pedágio na Rodovia Marechal Rondon (SP-300).

Chegamos em Araguari no também no meio da tarde. Foi muito bom reencontrar com a nossa filha... Parece que ela cresceu nesse mês mais do que no ano inteiro...

Fomos dar uma volta pela cidade e tomar um sorvete na famosa sorveteria da cidade...

Amanhã concluiremos nossa viagem!

Distância do dia: 585 km
Odômetro: 9690 km

Gastos:

Combustível R$ 129,00
Lanche R$ 11,00
Pedágio R$ 12,00
Almoço R$ 31,00


Total R$ 183,00

Total Geral R$ 7313,00




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

23º dia - Ponta Porã / Osvaldo Cruz

Tomamos o café da manhã bem cedo e saímos em direção à Osvaldo Cruz (SP). A ideia agora é fazer o trecho até Brasília em três dias, já que não há necessidade de chegar rápido pois tínhamos reservado 30 dias para a viagem...

Conseguimos manter uma boa velocidade de cruzeiro e acabamos chegando no meio da tarde.  Apesar de termos parentes em Osvaldo Cruz decidimos não incomodá-los e ficar em um hotel... Encontramos um hotel bem em conta mas o problema foi que descobrimos depois que ele era gerenciado pleo PCC...  Mas depois de hospedados não havíamos muito o que fazer...Pelo menos não nos aconteceu nada...rs

Também recebemos uma triste notícia: O Pepe e a Nanda caíram de moto chegando em Campo Grande.  Ele machucou a perna e ela só passou pelo susto.  Ele está hospitalizado já recebendo os cuidados necessários...  Foi só deixar os meninos sozinhos por um dia e eles já fizeram bagunça...

Gostaria de registrar meus sinceros agradecimentos à tia Ângela e família pela excelente recepção.  O ruim foi só o terrorismo que todos fizeram por causa do hotel...kkk

Amanhã chegaremos em Araguari e nos encontraremos com a nossa filhota depois de quase 1 mês de viagem...


Distância do dia: 678 km
Odômetro: 9105 km

Gastos:

Combustível R$ 147,00
Hotel R$ 100,00
Lanche R$ 13,50
Pedágio R$ 4,50
Almoço R$ 32,00


Total R$ 297,00

Total Geral R$ 7130,00














quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

22º dia - San Estanislao (PY) / Ponta Porã (BR)

Como o trajeto era curto, cerca de 300 km, saímos cedo com a intenção de já almoçar no Brasil. A estrada continuava em boas condições e conseguimos chegar antes de meio dia em Ponta Porã.  Por causa disso, ao chegarmos ao hotel, ainda não havia quartos disponíveis.  Enquanto eu e o Alexandre decidimos em aguardar a liberação dos quartos, o restante da galera decidiu procurar outro hotel.  

Aproveitamos este tempo para procurar a aduana paraguaia para carimbar o passaporte.  Uma coisa interessante aqui é que somos obrigados a carimbar o passaporte no lado brasileiro quando saímos do país mas na volta não precisamos de nada do lado brasileiro... Regularizamos a saída do lado paraguaio e voltamos ao hotel.

Com tudo organizado, decidimos aproveitar o restante do dia para fazer algumas compras no Shopping China e já continuar a viagem no dia seguinte... A ideia inicial era ficar mais um dia em Ponta Porã.  Aqui também será o ponto onde a turma se separa: eu e o Alexandre voltaremos para Brasília, passando por São Paulo, e o restante do pessoal seguirá para Campo Grande...

Distância do dia: 334 km
Odômetro: 8427 km

Gastos:

Combustível R$ 25,00
Hotel R$ 110,00
Almoço R$ 36,00
Jantar R$ 39,00

Total R$ 210,00

Total Geral R$ 6833,00










Fotos com data na parte inferior direita são de autoria do casal Túlio e Lú.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

21º dia - Ingeniero Guillermo Juárez (ARG) / San Estanislao (PY)

Tomamos um café muito ruim antes de seguirmos em direção ao Paraguai.  A ideia era chegar pelo menos até Asunción (Paraguai).

O restante da ruta 81 também está em excelente estado, apenas deve-se ter cuidado com os animais e com os poucos lugares para abastecer a motoca...

Seguimos nesta rodovia até chegar próximo à cidade de Formosa.  Aqui mudamos para a ruta 11 na direção Norte.  Essa estrada é bastante movimentada, com muitos caminhões e veículos leves.  Seguimos sem problemas até chegar na Fronteira...

Para se fazer a aduana deve-se atravessar a fronteira.  Tudo fica do lado paraguaio.  Ao descer da moto fomos cercados por dezenas de cambistas nos oferecendo a moeda local.  O real aqui é muito mais valorizado que a moeda argentina...

Carimbamos nossa saída no guichê argentino e passamos para a fila da aduana paraguaia.  O rapaz carimbou meu passaporte e disse que eu já poderia seguir viagem.  Perguntei da moto e ele me disse que não precisava fazer mais nada... Quando saí do guichê percebi que o Radan estava em outra fila.  Fui lá saber o que estava acontecendo e ele me disse que um dos cambistas que estava "ajudando" disse que ele deveria passar naquela fila.  Lá era da polícia civil paraguaia.  Eles queriam que o Radan fizesse o seguro da carta verde. Aqui começou a chatice...

O cara tentou me convencer que eu deveria fazer o seguro e eu dizendo que não precisava.  Ele me mostrava uma via da carta verde e eu disse que o Paraguai estava suspenso do Mercosul e que por isso a carta verde não valia mais nada.  Ele ficava me mostrando no verso do seguro que aparecia o Paraguai e eu disse que ele estava com uma guia velha.  O cara foi ficando bravo comigo e querendo saber de onde eu tinha tirado essa informação.  Eu disse pra ele que bastava acessar a página do Mercosul para ver que o Paraguai estava suspenso.  Ficamos nesse imbróglio por quase meia hora.  Nisso a concentração de pessoas ao redor de todos nós foi só aumentando...

Na verdade o cara não queria que eu fizesse o seguro, já que este seguro deveria ser feito na cidade, a quilômetros de lá... Ele queria era dificultar minha entrada até que eu oferecesse algum tipo de vantagem... Quando ele percebeu que desse mato não sairia cachorro, ele apelou e disse que não registraria nossas motos e que se fôssemos pegos pela fiscalização teríamos as motocas apreendidas.  Como tinha recebido a informação do cara do guichê que não precisava registrar a moto eu estava tranquilo... Saímos rápido da muvuca e pegamos a estrada sentido Asunción.

Chegamos na cidade sob um calor infernal, com os termômetros das ruas marcando 40ºC.  Mas a sensação térmica era muito maior por causa da umidade... Como conseguimos rodar bem hoje por causa das excelentes rodovias argentinas, apesar do tempo perdido na aduana, chegamos em Asunción às 15:00hs.

Decidimos então rodar mais um pouco para encurtar a viagem de amanhã.  A melhor alternativa era San Estanislao, a aproximadamente 150 km de distância, e que aparentava ser uma cidade com um pouco mais de infraestrutura.  O que não prevíamos era o clima feio que pegamos pela frente...

A chuva só se aproximava e o vento lateral trouxe bastante dificuldade no trajeto... Houve vezes que a moto chegou a trocar de pista por causa do vento forte...Graças a Deus não tivemos problema... Chegamos na cidade ainda durante o dia...

A estrada no Paraguai, pelo menos até agora, está em excelentes condições.  Achei que pegaria coisa ruim mas até agora estou me surpreendendo...


Distância do dia: 737 km
Odômetro: 8093 km

Gastos:

Combustível R$ 93,00
Hotel R$ 67,00
Almoço R$ 22,00
Jantar R$ 46,00

Total R$ 228,00

Total Geral R$ 6623,00













Fotos com data na parte inferior direita são de autoria do casal Túlio e Lú.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

20º dia - Susques / Ingeniero Guillermo Juárez

A ideia do trajeto de hoje seria passar por San Salvador de Jujuy para comprar uma câmara de ar reserva pra mim e outra corrente pro Radan, seguir para ruta 81 e rodar o máximo que conseguíssemos.
 
Saímos 8hs do hotel em direção à San Salvador.  Esse pequeno trecho é um dos mais belos da cordilheira, passando pelas famosas curvas-cotovelo... O problema é que se demora um pouco pra fazer essa parte...  Chegamos próximos da hora do almoço na cidade.  Compramos as peças, almoçamos e seguimos viagem...

A ruta 81 realmente está em excelentes condições mas a quantidade de animais na pista (vacas, cavalos, porcos, burros e cabras) é absurdamente grande.  Não há possibilidades de se viajar à noite nesta estrada.  Pesquisamos no GPS e verificamos que conseguiríamos chegar à Ingeniero Guillermo N. Juárez, uma das maiores cidades da região... Se você passar por aqui deve estar atento aos abastecimentos...

Chegamos no fim da tarde.  Abastecemos, organizamos o hotel, jantamos e fomos descansar...O trecho hoje foi longo e cansativo, principalmente para as mulheres...


Distância do dia: 707 km
Odômetro: 7356 km

Gastos:

Combustível R$ 107,00
Hotel R$ 79,00
Almoço R$ 18,00
Jantar R$ 39,00
Câmara de ar R$ 81,00

Total R$ 324,00

Total Geral R$ 6395,00




















Fotos com data na parte inferior direita são de autoria do casal Túlio e Lú.

domingo, 13 de janeiro de 2013

19º dia - San Pedro de Atacama (CH) / Susques (ARG)

Acordamos e fomos resolver o problema na motoca.  Passamos silver tape nas setas para que visualmente parecessem que ainda funcionavam, tentando evitar problemas com a polícia... Chegamos na aduana quase 8hs mas só conseguimos sair por volta das 10hs por causa da fila... Enquanto esperávamos, fizemos câmbio por dinheiro argentino pelo menos para os primeiros abastecimentos e estadia.

Enquanto vestíamos as jaquetas e luvas os meninos já saíram... Eu e o Alexandre passamos por eles e começamos a andar na frente. Uma característica do local é a perda de potência nas motos por causa do pouco oxigênio... Eu não conseguia passar dos 110 km/h em quarta marcha pois quando colocava a quinta a moto começava a morrer...

Andamos cerca de 30 km até que percebi que o Pepe sumiu do meu retrovisor. Ficamos aguardando um pouco e ele nos alcançou afirmando que chegou a voltar quase 10 km e não havia sinal do Túlio e do Radan. O Guilherme aproveitou que outra BMW passou por nós e seguiu viagem. Não nos encontramos mais...

Ficamos aguardando no local por quase 1 hora quando os 2 chegaram... A corrente da moto do Radan quebrou de novo e dessa vez em 2 lugares... Pedimos para que eles seguissem na frente para que nós acompanhássemos... Quando fui sair, percebi que meu pneu traseiro estava baixo. Um prego gigante havia furado meu pneu... A urucubaca do Radan é tanta que até esperando ele acontece coisas com a gente...rsrs

O Alexandre foi atrás do Túlio a poucos metros à frente pois ele estava com o compressor . O Radan não parou e sumiu das nossas vistas... Tiramos o pneu para fazer o remendo na câmara de ar e quando pegamos o material para o serviço descobrimos que a cola havia secado e não teria como remendar. Peguei a câmara reserva e para surpresa de todos a câmara não era compatível com a moto (ela me foi vendida errada, era aro 17 mas não era 130/80). O Alexandre foi atrás do Radan pois ele estava com a câmara reserva do Túlio mas rodou 15 km e não encontrou o safado... Decidimos então colocar essa câmara mesmo e ver o que acontecia... Rodamos pouco mais de 3 km antes da câmara rasgar...

Nessa hora até o movimento de agachar para tirar a roda estava me fazendo mal. A falta de oxigênio a mais de 4700 metros de altitude estava me deixando tonto e com dificuldade de executar movimentos simples...

O Pepe lembrou que tinha uma cola e eu lembrei que tinha um reparador de pneu... A solução foi colar o remendo frio e jogar um pouco do reparador dentro da câmara para tentar resolver a situação... Conseguimos resolver o problema e saímos em direção à aduana argentina.

Chegando na aduana, mais de 100 km de onde meu pneu furou, não encontramos o Radan. Regularizamos nossa documentação na Argentina e fomos até o posto de gasolina a 500 metros da aduana para abastecer, comer e ver se o encontrava. Ele também não estava lá e começamos a ficar preocupados. Um casal de São Paulo que estava viajando de moto nos informou que havia passado por uma XT azul a uns 40 km... Depois chegaram mais 3 motociclistas que conversaram com ele e indicaram o posto que fica próximo ao vilarejo chamado Susques para ele abastecer e almoçar. Ficamos um pouco mais tranquilos...

Rodamos mais 120 km até o posto e não encontramos nem gasolina nem o Radan. Voltamos a ficar preocupados com ele... Decidimos ir até Susques para ver se o encontrava e para completar o tanque da motoca, já que até San Salvador de Jujuy tínhamos mais 200 km...

Um quilômetro antes da vila avistamos a moto do Radan. Ele havia se hospedado em uma pousadinha na beira da estrada, imaginando que havia acontecido alguma coisa com a gente e que tínhamos voltado para San Pedro. Tínhamos que decidir o que fazer já que dispúnhamos apenas de mais 2 horas de sol e ainda estávamos a mais de 4000 metros de altitude... Eu e o Alexandre sugerimos descer até Purmamarca (130km) ou até San Salvador (200 km) mas o Pepe fez uma ponderação muito importante. Estávamos com uma moto com corrente remendada e outra com a câmara meio tabajara. Caso acontecesse alguma coisa na descida, estaríamos enrolados à noite na cordilheira... Decidimos ficar em Susques...

A pousada que o Radan ficou não tinha quartos suficientes, era muito cara para compartilhar o único quarto que havia e as acomodações desse quarto eram horríveis. Fomos para o vilarejo e encontramos acomodações razoáveis no hotel El Kactus.

No hotel encontramos com o Hector, um rapaz de Ushuaia que estava subindo a Argentina numa honda Africa Twin, com um roteiro projetado para passar, em sua maioria, por estradas de rípio... Conversamos muito com ele e pegamos informações sobre a ruta 81, estrada que cruza a parte alta da Argentina, saindo em Formosa. Ela é paralela à conhecida ruta 16. Como o pessoal deu pressa de ir embora e não iríamos mais passear em Salta, Resistência e depois em Foz do Iguaçu, passando pela ruta 16, o roteiro mais próximo à Assunção/Paraguai seria passando pela ruta 81... Ele nos disse que ela está em excelente estado de conservação mas que deveríamos ter muito cuidado com animais na pista...

Comemos uma pizza no hotel e fomos descansar. O dia hoje foi complicado...


Distância do dia: 293 km
Odômetro: 6649 km

Gastos:

Combustível R$ 59,00
Hotel R$ 63,00
Almoço R$ 29,00
Jantar R$ 27,00

Total R$ 178,00

Total Geral R$ 6071,00





























Fotos com data na parte inferior direita são de autoria do casal Túlio e Lú.