domingo, 28 de outubro de 2012

Voo de 31 km

Depois de ficar praticamente 2 meses sem voar por causa das chuvas e dos afazeres profissionais, conseguimos organizar um bonde para voar no Paranã.  Ontem a galera conseguiu fazer um bom voo, com um amigo recém formado fazendo 50 km...

No bonde estavam eu, o Adauto e o Sidney (resgate).  Chegamos na rampa antes das 11 horas e já haviam pilotos aguardando a condição.  O vento estava meio forte e demoramos quase 2 horas para ter condições de voo.

Ficamos voando na frente da rampa um bom tempo pois a condição ainda não estava ideal...Consegui conectar em uma térmica que subia pouco mas de forma constante.  Subi mais de 1600 metros em relação à rampa, e como o vento estava Leste/Sudeste, passei ao lado de São Gabriel em direção ao vilarejo chamado Mato Seco.

Não consegui mais nem uma ascendente e fui com vento caudal tentando chegar ao máximo possível.   Avisei o resgate que estava ficando baixo e que certamente não conseguiria atravessar a mata à minha frente.  Passei via rádio que, se não conseguisse nada até lá, pousaria próximo aos pilões...Chegando próximo aos pilões peguei uma térmica forte, subindo a 4 metros/segundo, que me levou a quase 1800 metros de altura em relação à rampa.  O Adauto, que chegou na mesma térmica só que bem mais baixo, tomou uma fechada muito grande, com o parapente fechando mais de 60%.  Ele conseguiu segurar muito bem o giro, enquanto batocava para que o parapa abrisse novamente.  É nessa hora que o SIV que fizemos nos dá toda a tranquilidade para resolver esses incidentes da melhor forma possível...

O vento estava forte, 38 km/h, e quando perdi o centro da térmica não consegui voltar e já fiquei na descendente. Já que estava alto, decidi ir com vento caudal pra ver se conseguiria alguma coisa lá na frente.  Passei pela fábrica de cimento na esperança de achar alguma coisa mas não encontrei nada... Fui perdendo altura até o pouso, um pouco depois de Mato Seco. Voei praticamente 15 km sem conseguir absolutamente nada... Pousei a 31 km da decolagem e o Adauto 7 km a mais...A vela DHV 1/2 fez a diferença...

Fiquei bem surpreso com um voo dessa distância com apenas 2 térmicas...Isso mostra que dá pra fazer muito com essa vela DHV 1...Vou aproveitar o ano de 2013 para aprimorar a técnica e voar toda a temporada para que, no fim do ano, eu troque minha vela por uma com mais performance.

Esse ano não devo voar mais, isso por causa das chuvas e pelo pouco tempo que ainda tenho para organizar a viagem de moto pelos países Peru e Bolívia... O negócio agora é focar na viagem...


Trajeto do voo