sábado, 3 de março de 2012

31ª aula - Curso Piloto de Parapente

Chegando na estrada de terra que dá acesso à rampa, conseguimos ver vários pilotos no ar (mais de 10), ganhando altura na mesma térmica. Nos animamos bastante mas a condição ideal já tinha passado e na rampa o vento estava bastante fraco. Eu e o Jorge (instrutor) iríamos voar e um aluno ficou responsável pelo resgate.

Quando o vento deu uma melhorada eu e o Jorge decolamos mas momentos depois o vento simplesmente acabou e mesmo tentando sustentação bem próximo à parede não consegui ganhar altitude...Ao voltar próximo à decolagem passei por uma pequena área de ascendência e, mesmo baixo, resolvi voltar pra tentar ganhar um pouco de altura. Como não consegui ganhar mais nada e percebendo o quanto já estava baixo, decidi ir para o pouso. Quando me distanciei um pouco do paredão, entrei numa massa de ar descendente e perdi muita altura em pouco tempo. Percebi que não chegaria mais no pouso e comecei a avaliar possíveis áreas para um pouso emergencial e a avisar o instrutor que iria arborizar (pousar sobre as árvores). Ao ver uma pequena clareira no meio da mata fechada decidi rapidamente em tentar fazer o pouso neste local. Mudei um pouco a direção apenas para chegar no limite da clareira e ter toda a diagonal para pousar, tentando dessa forma, minimizar o prejuízo...

Consegui chegar nesta pequena área raspando nas árvores e, graças a uma ajudinha do Alto, pousei sem maiores sustos. Um aluno de outro instrutor que também passou pelo mesmo problema da descendente pousou na mesma área que eu. Mas como chegou muito rápido no pouso, ele acabou sentindo dores no pé. Depois disso ainda tivemos que caminhar por uns 2 km dentro da mata pra chegar no pouso oficial, onde aguardamos o resgate chegar.

Um grande susto que nos leva a refletir o quanto a boa avaliação das condições de voo pode fazer com que você evite esse tipo de incidente...



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